Ciência maluca.
Na Itália, um homem que passou dois anos em estado de consciência mínima, de repente, recuperou totalmente a consciência e a capacidade de falar.
O homem acordou logo após ter tomado uma medicação usada como sedativo pré-cirúrgico. Ele estava em estado de consciência mínima, o que significa que ele não conseguia se comunicar ou se mover, mas era capaz de abrir e fechar os olhos voluntariamente e tinha um ciclo de sono.
O sedativo midazolam lhe foi administrado para que os médicos examinassem seu cérebro por meio de uma tomografia computadorizada. Poucos minutos depois, o homem começou a falar e interagir com as pessoas ao seu redor.
No entanto, o efeito da medicação passou após duas horas, e o homem voltou ao seu estado anterior, sem responder a estímulos exteriores. Para ver se era realmente o medicamento que havia melhorado a condição do paciente, os médicos deram-lhe midazolam novamente. Mais uma vez, o paciente acordou, interagiu com os médicos e foi capaz de fazer cálculos matemáticos simples.
Os médicos examinaram seu cérebro por tomografia e identificaram áreas cerebrais afetadas pela droga. Eles perceberam que as áreas identificadas já tinham sido previamente relacionadas a sintomas de catatonia.
Ainda que o midazolam tivesse efeito contra os sintomas do paciente por períodos curtos, os médicos disseram que não poderiam continuar administrando o medicamento ao paciente por causa de riscos relacionados.
Após tentarem um tratamento malogrado com lorazepam, os médicos passaram a administrar carbamazepina ao paciente, uma droga bastante usada em tratamentos de epilepsia. O medicamento possibilitou que o homem mantivesse sua capacidade de interagir e se comunicar com as pessoas.
O caso foi descrito na edição de Novembro da revista Restorative Neurology and Neuroscience.