Operar sem abrir

Preservar a anatomia com mínima agressão ao organismo é princípio da Cirurgia Minimamente Invasiva. Com um pequeno furo, um corte mínimo ou até mesmo, através dos próprios orifícios do corpo humano, é  possível remover um tumor, por exemplo.  A operação é praticamente indolor, precisa e a recuperação é rápida.

Tudo isso graças à relação entre medicina e a tecnologia, que ficam mais íntimas a cada dia. A união das duas traz mais segurança, menos riscos e maior qualidade de vida para os pacientes.

Cirurgia acabou, o corpo acordou

Uma das piores partes de passar por uma cirurgia tradicional é o pós-operatório. A recuperação costuma ser dolorosa, lenta e privativa. No entanto, nas cirurgias minimamente invasivas, a realidade é bem mais branda. O paciente se liberta dos longos períodos doloridos de internação ou repouso e volta para a sua rotina em um piscar de olhos.

Videocirurgia

O momento da cirurgia também é bem mais tranquilo e acompanhado por microcâmeras que transmitem imagens nítidas e ampliadas do interior do paciente em uma tela. Assim, o cirurgião recebe informações do processo em tempo real, como a temperatura do cérebro e a lesão que está sendo realizada.

Os cortes e perfurações mínimas ou inexistentes reduzem drasticamente os riscos de hemorragia e infecção, principalmente em pacientes idosos ou de alto risco.

A cirurgia minimamente invasiva pode ser neurológica, laparoscópica,  cardíaca, torácica, etc.

Neurológica

A neurocirurgia minimamente invasiva trata de doenças cerebrovasculares de adultos e crianças, incluindo terapias de reperfusão – fenômeno do retorno sanguíneo a um órgão ou tecido depois de um período de isquemia (período em que falta oxigênio e entrega de nutrientes) – no acidente vascular cerebral (AVC), aneurismas cerebrais, malformações vasculares cerebrais e da coluna vertebral, doença ateromatosa (entupimento) das artérias carótidas e vertebrais, angioplastia cerebral e implantes de stent.

Apenas com uma pequena perfuração cerebral é possível remover tumores e lesões cerebrais.

Existe também a neurorradiologia, que facilita o diagnóstico de patologias do encéfalo, medula, coluna vertebral e cabeça (ouvidos e órbitas).

Laparoscópica

A cirurgia laparoscópica é capaz de remover órgãos doentes, como a vesícula biliar e o apêndice, além retirar ou reparar órgãos do sistema reprodutor feminino e dos sistemas digestivo e urinário. O procedimento é feito por meio de pequenas incisões.

Cardíaca

Este tipo de cirurgia é realizada em casos de tumores intra cardíacos, doenças nas válvulas cardíacas e lesão nas artérias coronárias (circulação do sangue nos vasos sanguíneos do músculo cardíaco miocárdio).

Torácica

A proteção dos órgãos intratorácicos pelas costelas e pelo esterno torna o acesso ao interior do tórax particularmente traumático. Através da cirurgia minimamente invasiva é possível realizar  procedimentos complexos de forma mais segura, como a lobectomia (remoção de um lobo/parte do pulmão), geralmente utilizados para o tratamento do câncer de pulmão, além da remoção de tumores do mediastino.