Pesquisa encontra uma parte do cérebro que não é afetada pelo Alzheimer

Um grupo de pesquisadores fez uma descoberta que pode, no futuro, melhorar a vida de milhares de pessoas que vivem com alzheimer, no Brasil e no Mundo. O estudo, que apareceu no jornal Communications Biology, especializado em estudos científicos biológicos, mostra que mudanças significativas estão ocorrendo em uma parte do cérebro de quem vive com a doença: o cerebelo.

Responsável pelo nosso movimento e equilíbrio, os pesquisadores notaram que a região sensível do cerebelo muda consideravelmente em pessoas afetadas pela doença. O feito, segundo o estudo, é importantíssimo, já que quando comparado com outras regiões do cérebro, como o córtex motor e o córtex sensitivo, o cerebelo é uma área que costumeiramente não se desgasta tanto.

“O cerebelo, que parecia não ser afetado, agora mostra uma mudança significativa em nível molecular”, disse o pesquisador Richar Unwin, da Universidade de Manchester ao Science Alert.

A descoberta animou a comunidade de pesquisadores, já que com essa mudança do cerebelo os cientistas acreditam que poderiam desenvolver um tratamento que imitasse esse mesmo comportamento.

Para o estudo, os cientistas estudaram 9 cérebros de pessoas que morreram com alzheimer e 9 cérebros de pessoas que morreram por outras causas, como doença do coração, de pulmão e até mesmo de câncer. Juntos, os pesquisadores encontraram 5,825 tipos de proteínas em seis diferentes regiões do cérebro.

“Este banco de dados oferece uma boa oportunidade para que os pesquisadores de demência em todo mundo possam acompanhar novas áreas da biologia e desenvolver novos tratamentos”, explica Unwin.

O Alzheimer ainda permanece incurável, ​apesar dos enormes avanços recentes. Pesquisadores e cientistas em todo mundo esperam, no futuro, encontrar uma saída para quem sofre com esssa doença.

Fonte: Revista Galileu